[Review] Gradius V - PS2

A série "Gradius" foi uma das mais famosas de seu gênero, dominando fliperamas e consoles antigos por anos com seus quatro primeiros episódios. Mas com o advento dos gráficos 3D, o nome acabou ficando encostado em uma gaveta de Konami - até que a Treasure, de "Ikaruga" e "Radiant Silvergun", fez uma parceria com a empresa trouxe a nave Vic Viper de volta à ativa.

"Gradius V" é uma homenagem à série, sem sombra de dúvida. Seus criadores não tentaram reinventar a roda, e sim explorar as peculiaridades desse gênero quase morto com o poder dos novos consoles. Para quem não teve a chance de experimentar essa emoção, aqui vai um breve resumo: você controla uma nave em um plano 2D fixo que se move predominantemente na horizontal, seguindo sempre para a direita. A nave aponta sempre para a direita, apesar de poder conseguir Power-ups que permitem disparos em outras direções. Esses novos acessórios (que dependem da nave escolhida no começo da partida) podem ser ganhos recolhendo pequenos itens derrubados por algumas naves inimigas quando destruídas.

O Option é seu amigo

O mais importante desses Power-ups é o Option (chamado nessa edição de Multiple). Essas pequenas esferas laranjas seguem o caminho trilhado pela Vic Viper, destruindo inimigos que tocam, absorvendo alguns tipos de tiros e disparando os mesmos raios que a nave. Cada uma das quatro naves diferentes oferecem algumas pequenas diferenças em sua munição, mas o principal diferencial é a personalização desses ajudantes: um permite que você trave suas posições, outro que você escolha a direção do tiro (provavelmente o mais popular), crie formações concentradas ou espalhadas ou girem em torno da nave como um escudo. Se a sua nave for destruída - o que acontece com um único tiro, vale notar - você perde todos os seus Power-ups, mas pode resgatar os Options desgarrados.

Uma vez tendo entendido a mecânica, não existem muitas surpresas. Você deve cruzar oito fases que arremessarão centenas de inimigos contra a Vic Viper. Apenas se movendo em dois eixos você deve escapar de tiros e obstáculos que ocupam metade da tela, enquanto tenta destruir o que pode para ganhar as importantes vidas extras. Felizmente, ao contrário dos games anteriores, agora a Vic Viper só explode se o tiro ou obstáculo encostar no centro da nave, e não em qualquer pixel. Pode parecer besteira, mas faz uma grande diferença quando você tenta navegar por um campo de asteróides.

Zen espacial

A dificuldade de "Gradius V" é bastante elevada. Alguém assistindo outra pessoa jogar normalmente fica um pouco cética que aquilo é realmente um game interativo, devido à quantidade de elementos brilhantes se mexendo freneticamente na tela a qualquer momento. O jogador também é levado por esse efeito, abstraindo pouco a pouco a ação. Como nos demais clássicos do gênero, é preciso decorar a ação e repetir elaboradas coreografias, adicionando um pequeno toque de improviso e reflexos muito rápidos. O resultado é algo raro nos games atuais, em que você esquece que está segurando um controle e se torna um com a nave.

Para quem não tem experiência no gênero, "Gradius V" oferece a opção de treinar (ensaiar?) determinadas partes do jogo, além de adicionar um novo "crédito" para Continue para cada hora de jogo. Acredite, eles serão importantes.

Homenagem monolítica

Fãs reconhecerão imediatamente muitas referências aos antigos elementos da série, das fases com aparência orgânica até certos tipos de inimigos e canções. Mas talvez a parte mais interessante seja até uma certa "sátira" das limitações 2D do gênero: muitos inimigos giram ao redor da Vic Viper, deixando claro como é falso essa planificação do game. Ao mesmo tempo que mostra a capacidade da Treasure de analisar e compreender o gênero, aumenta exponencialmente o desafio.

-Notas // 0 – 10
Todos as notas aki sao apenas pensamentos passados por mim. Apreciador de Shooters desde o antigo Atari.

- História: 9,0
Interessante descobrir que existe um enredo legal num jogo de nave, coisa que normalmente nao existe. Otimo mesmo!
- Som: 7,0
As musicas nao achei tao empolgantes, quando tem de se acostumar nao acho nada legal pra um game. A voz é irritante e parece que tem um carinha com microfone torcendo por você... saco.
- Gráficos: 8,5
Simplesmente so o Rtype que achei tao bonito assim, pena nao terem investido mais em outros chefes, mas as fases dao um show! Destaque pra fase de fluido verde.
- Jogabilidade: 9,5
Os modos de controlar o tiro, a levesa e sensacao de potencia deixam o game num patamar invejavel! I love laser gun!

NOTA FINAL: 8,5!

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